Até a próxima semana, o barco Cisne Branco, que promove tradicionais passeios turísticos pelo Guaíba, deixará de utilizar o ponto do qual parte há 20 anos, no pórtico do Cais Mauá.
A mudança foi definida na manhã desta sexta-feira, após audiência entre a dona da embarcação, Adriane Hilbig, a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e o Ministério Público Estadual.
O Cisne Branco ficará provisoriamente atracado nas proximidades do prédio onde funciona a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da estação do catamarã que faz a linha Capital - Guaíba, um pouco adiante do ponto atual. Com isso, a viabilidade econômica do barco é garantida, pois ele pode continuar seu serviço. O problema é a bilhetagem. Ao sair do pórtico, a empresa cede a sala onde vendia os tíquetes.
- Não é uma solução 100% porque não terá um posto de atendimento ao turista, mas não impedirá o embarque e o desembarque dos passageiros, que é o que ocorreria se saíssemos do porto - disse Adriane.
Situação irregular é apontada como uma causa da mudança
A transferência é necessária para que a empresa Porto Cais Mauá possa dar início às obras que revitalizarão a região. Outra causa apontada pela SPH para a retirada do barco é a sua situação irregular, por não possuir contrato de arrendamento.
- A nossa ida para o cais foi a convite do governo do Estado. Desde então, nós pagamos aluguel - defendeu Adriane.
A proprietária do barco reivindica a sua permanência no cais porque não há, atualmente, outro ponto na orla do Guaíba compatível com o calado do Cisne Branco. A SPH informou que já existe uma opção de atracadouro definitivo para o barco.
- Foi um acordo proposto durante a audiência, acatado pela gerência da empresa de turismo, até que a prefeitura resolva a questão de forma definitiva, com um novo atracadouro na área do Gasômetro - afirmou o diretor administrativo e Financeiro da SPH, Antônio Paulo Carpes Antunes.
Para que o Cisne Branco possa atracar na região da Usina do Gasômetro, porém, deverão ser feitas obras no local. Isso pode ocorrer durante a revitalização da orla do Guaíba entre a usina e o Arroio Cavalhada, na Zona Sul.
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