Enquanto não são retiradas da Vila Dique, na zona norte de Porto Alegre, 738 famílias seguem morando às margens de um arroio tomado pelo lixo.
Os moradores do local, a maioria catadores de materiais recicláveis, acabam descartando os resíduos inutilizados atrás das casas e no canal. São toneladas de latas, pneus, garrafas, utensílios domésticos e até móveis tomando o curso da água.
A vila está localizada irregularmente há cerca de 30 anos na Avenida Dique e as famílias que moram lá estão sendo removidas para permitir a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Segundo o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), de um total de 1.476 famílias que irão para o novo loteamento da Avenida Bernardino Silveira Amorim, 738 - exatamente a metade - já foram reassentadas. No novo local, inaugurado em 2010, já funcionam uma unidade de triagem de resíduos recicláveis, o centro social e o posto de saúde.
Na próxima etapa da transferência, entre maio e junho, mais 180 famílias serão realocadas. Um problema com a construtora, que alegou dificuldades financeiras e pediu a supressão do contrato com a prefeitura, atrasou as obras. Com isso, a mudança das famílias restantes deve recomeçar só no final de 2013.
Segundo o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), após o término da dragagem do Arroio Sarandi, será iniciada a dragagem do Arroio da Areia, que contempla o trecho localizado entre a Avenida Castelo Branco e a Avenida Sertório.
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