Nas cybers salas da Escola Mario Quintana, em Pelotas, no sul do Estado, a anatomia ganha vida e, literalmente, salta aos olhos dos alunos.
Apresentado em tecnologia 3D em disciplinas como biologia, química, física e matemática, o conteúdo facilita o aprendizado de estudantes do Ensino Médio.
Atridimensionalidade e o movimento dos objetos no colégio particular impressionam tanto que as amigas Luana Schulz, 15 anos, e Luana Gehrke, 14 anos, nem perceberam que haviam passado a aula toda sem trocar uma palavra que não fosse o próprio conteúdo de sala de aula.
A nova forma de aprender também foi aprovada por Betina Ritter e Rodolfo Al-Alam. Ele explica que a fofoca diminuiu porque a concentração aumentou. A aprendizagem, agora, ficou com cara de brincadeira.
- Parece que a aula passa muito mais rápido, prende muito a nossa atenção. Eu me senti dentro do corpo humano, ficou mais fácil de aprender e bem melhor de fixar o conteúdo - descreve o adolescente.
Ferramenta não substitui presença de professor
A ideia para tornar as aulas mais atrativas veio da Índia. O diretor da escola, Carlos Valério, teve acesso ao equipamento 3D em um seminário em que empresários daquele país apresentaram o programa. De lá até a implantação na instituição gaúcha, passaram-se três meses, tempo de adaptação do conteúdo brasileiro.
O pacote inclui um projetor específico com o software que pode ser rodado em uma tela branca e 50 óculos próprios para a visualização. Foram compradas pela escola 250 aulas das quatro disciplinas, todas com conteúdo voltado para o Ensino Médio.
Apesar de importante e moderna, a ferramenta - que não é comum nas instituições brasileiras - não substitui a presença do professor. Valério frisa que as aulas não ocorrem como na exibição de um filme.
Há pausas para explicações do professor, e é ele quem controla o conteúdo: pode aproximar a imagem, virar e mostrar por meio de outro ângulo.
*Colaborou Rafael Diverio
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