Diante de mais de duas horas de silêncio por parte do depoente Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na tarde de terça-feira, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) indignou-se e pediu o encerramento da sessão na CPI que investiga o contraventor. Nesta manhã, ela falou ao programa Gaúcha Atualidade sobre o rumo que deve tomar o trabalho dos parlamentares a partir de agora.
Para a senadora, o silêncio de Cachoeira fortalece a necessidade de chamar para depor os governadores supostamente envolvidos com o contraventor, principalmente Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF). A convocação, porém, depende da pressão popular e da imprensa:
- A partir disso, vamos desvendar coisas de proporções inimagináveis - ressalta a senadora.
O foco do trabalho dos parlamentares deve ser a investigação em torno da Delta para descobrir quais são os outros políticos "que podem ter sido corrompidos por esta empresa".
- Quebrando o sigilo da Delta, vão vir em cascata muitas novidades - diz a senadora.
Kátia Abreu também comentou a postura de Cachoeira e de seu advogado, o ex-ministro da Justiça Márcio Tomaz Bastos. O contraventor foi orientado pela defesa a permanecer calado e a não responder às perguntas durante a sessão.
- Eu não sou obrigada a não me indignar, a não ficar revoltada com essa situação - disse a senadora, referindo-se ao silêncio e a "sorrisos cínicos" do depoente.
Ouça a entrevista na íntegra:
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