Desde terça-feira, a 1ª Delegacia de Investigação de Homicídios e Desaparecidos (DHD) investiga o desaparecimento de Vilson Reali, 54 anos. Professor de Filosofia, História, Religião e Sociologia na Escola Estadual de Ensino Médio Roque Gonzales, Reali não era casado e nem tinha filhos.
Segundo familiares e amigos, o último contato dele ocorreu no sábado pela manhã. Ele falou com uma vizinha no bairro Cidade Baixa e teria dito que "iria caminhar antes que o sol ficasse forte".
Em seguida, foi visto atravessando a Rua João Alfredo em direção a Avenida Borges de Medeiros. As compras que teria feito em uma feira e os documentos ficaram no apartamento. O carro dele permaneceu na garagem.
A preocupação começou depois do meio-dia. Ele não compareceu a um almoço que havia combinado com uma ex-colega. Ela tentou contato com ele por celular, mas não conseguiu. Dois dias depois, a inquietação se ampliou. Na segunda-feira, Reali se ausentou do trabalho.
- O Vilson nunca deixou de vir sem avisar. Estamos muito preocupados - diz a vice-diretora da escola, Heloísa Molina Susini.
Depois de enviar mensagens ao celular de Reali implorando por informações, as colegas de trabalho conseguiram contato pelo celular do professor. Segundo elas, um homem atendeu e disse que comprou o celular de um hippie na Avenida Borges de Medeiros. Em tentativa de novo contato por celular, o número já estava desabilitado.
- Ligamos para todos hospitais, fomos ao Departamento Médico-Legal (DML) e ele não está - comenta Heloísa.
O caso foi registrado na madrugada de terça-feira pela sobrinha Agda Meneguzzo, 30 anos.
- Estamos bem desnorteados, sem saber o que aconteceu.
Responsável por investigar o caso, o delegado Cleber dos Santos Lima, da 1ª Delegacia de Investigação de Homicídios e Desaparecidos (DHD), tenta esclarecer o episódio.
- Todas as hipóteses são consideradas - afirma Lima, citando a possibilidade de o professor ter viajado, fugido ou sido vítima de algum bandido.
Na tarde desta quarta-feira, a Polícia Civil ouve parentes do professor. A intenção é refazer os passos do desaparecido.
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