
O último bloco do Painel RBS especial Filho da Rua - Alternativas para o Dramas dos Meninos das Esquinas teve a participação de autoridades governamentais do Rio Grande do Sul. O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Fabiano Pereira, defendeu o fortalecimento dos conselhos tutelares e a adoção de políticas públicas de médio e longo prazo.
- Para garantir direitos a essas crianças temos que criar soluções iguais, evoluir para uma ideia de atendimento integral. E cabe aos governos criar políticas que possam combater situações de degradação, como a esmola - avalia.
Pereira citou a existência de 273 comunidades terapêuticas no Estado, das quais um pequeno número possui assinatura da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo ele, um dos objetivos é criar condições para regularização desses pontos para reabilitação.
A adoção e preservação de valores nas crianças moradoras de bairros mais suscetíveis à violência também pode ser uma alternativa à fuga domiciliar, conforme disse o secretário e corroborado pela representante da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Júlia Obst.
- Espaços (de cultura e lazer) dentro das comunidades têm de ser mais atrativos. A assistência social acaba recebendo o que é mais difícil nesse processo. Não podemos trabalhar sozinhos - alega.
O Grupo RBS promoveu na manhã desta segunda-feira um debate sobre as medidas necessárias para combater o avanço do número de crianças moradoras de rua no Brasil. O evento é fruto do caderno especial encartado na edição de domingo de Zero Hora, que revela a trajetória de um menino de rua em Porto Alegre.
Veja o especial Filho da Rua