Ponto de partida do Airbus da TAM, que há cinco anos protagonizou também em uma terça-feira a maior tragédia aérea do país, a capital gaúcha recebe hoje manifestações de familiares e amigos das vítimas. Reunidos no Largo da Vida, uma rotatória localizada na Avenida Severo Dullius, eles enfeitam o local com flores e cartazes para homenagear as 199 vidas perdidas no acidente, das quais 187 partiram do aeroporto Internacional Salgado Filho, no voo TAM JJ3054.
- Todos que se encontram aqui têm a mesma dor. Conversamos entre nós, não sei se isso diminui ou aumenta a dor, não é fácil - reflete Adelino Berlanda Costa, 76 anos, avô do piloto da TAM Vinicius Coelho, 24 anos, que voltava como passageiro depois de uma folga.
GALERIA: Confira imagens das homenagens às vítimas do acidente
Veja a reconstituição dos minutos entre o acidente e a divulgação das vítimas
Na rotatória, a Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam) negocia com a prefeitura a construção de um monumento, com 10 metros de altura. O projeto já existe e é formado por estrelas de aço que representam as vítimas.
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- Este local foi adotado como homenagem às vítimas, estamos lutando para que aqui também seja um memorial como em São Paulo, para que as pessoas não sejam jamais esquecidas - explica Gislaine Soares Dornelles, irmã de Eliane Soares Dornelles, que três dias após completar 33 anos, estava no voo da TAM em viagem a trabalho.
Cerca de 30 pessoas participam das manifestações em Porto Alegre, que vão continuar no aeroporto Salgado Filho e, às 18h30min, na Catedral Metropolitana, onde será rezada uma missa em memória das vítimas. Muitos familiares dos 93 gaúchos de nascimento ou de coração, viajaram até a capital paulista onde também ocorre uma programação especial para lembrar os cinco anos da tragédia.
No fim da tarde, uma missa dará início a inauguração oficial da Praça Memorial 17 de Julho, construída no local do acidente, onde ficava o prédio da da TAM Cargo, em frente a pista do aeroporto de Congonhas.