- Quando eu era criança na Bielorrússia, ficar acordada até tarde da noite ouvindo programas de rádio que falavam sobre a construção da ferrovia na fronteira siberiana era tão romântico que eu sentia vontade de fazer parte daquilo tudo - me contou minha nova amiga, Mila Kozlova, de 57 anos, enquanto balançávamos ao ritmo do vagão que cruzava os campos selvagens da Sibéria. Ela observou alegremente o oceano de bétulas que passava sob nossa janela e tirou dois potes de picles caseiros de dentro de sua bolsa de lona, colocando-os ao lado dos aperitivos que enchiam a mesa ao lado da janela. Nosso segundo dia na ferrovia Baikal-Amur Mainline - os russos a chamam de BAM - havia se transformado em um bufê onde podíamos comer à vontade por 4.023 quilômetros.
- Mais sobre:
- mundo
- the new york times