A professora especialista em Ciência Política e integrante da Comissão da Verdade, Celi Pinto, avaliou como positivo o surgimento de documentos os quais apontam que o ex-deputado federal Rubens Paiva foi preso pelo Departamento de Operações e Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) em 1971. Para ela, o aparecimento de dados da época da Ditadura Militar são fundamentais para a história.
Leia mais:
"É como se o meu pai se materializasse", diz filha de Rubens Paiva
- Eu acho que é importante para a memória do país, para a família e para as próprias instituições, que estão na democracia, que vivem na democracia. (Os documentos) são necessários à polícia, ao Exército - enfatizou, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Celi lembra que os "anos de chumbo" ainda representam uma parcela pouco revelada do Brasil, na qual muitas instituições negam que tenham mantido pessoas sob seu domínio. A partir dos dados colhidos na casa do coronel reformado do Exército, Julio Miguel Molinas Dias, morto no dia 1º de novembro, Celi acredita que novas informações possam surgir.
- Eu acho muito bom que isso apareça porque nós conseguimos mostrar o que foi a história nesse momento. Acho que ainda se podem encontrar documentos em lugares muito diferentes - conclui.