A decisão da Justiça de acatar uma ação cautelar pedindo a suspensão do aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre repercutiu no protesto contra o reajuste da tarifa que era realizado na Capital. Ao saberem da liminar, os manifestantes gritaram: "Caiu a decisão!". A partir desta sexta-feira, o valor da tarifa de ônibus volta a ser de R$ 2,85 e das lotações de R$ 4,25.
Mesmo debaixo de forte chuva, centenas de pessoas marcharam pelas vias de Porto Alegre cantando, pulando e gritando palavras de ordem. Capas e guarda-chuvas ajudaram a proteger os manifestantes, alguns deles com sinalizadores.
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Após passar pelo camelódromo, parte do grupo dispersou. Na região, alguns manifestantes picharam paredes com ofensas ao prefeito José Fortunati e aos veículos de comunicação. Por volta das 20h, um rojão estourou no meio do protesto e a multidão vaiou.
Ao menos cinco ônibus foram pichados na Avenida Loureiro da Silva, e a Brigada Militar seguiu atrás da multidão sem intervir. O tenente-coronel Jorge Maia, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, estima que cerca de 3,5 mil tenham participado do protesto.
Pouco antes das 21h, o grupo parou em frente ao prédio da Zero Hora, na Avenida Ipiranga, e fez críticas à imprensa. Manifestantes jogaram tinta, pedras e bolinhas de gude na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Vidros da instituição foram quebrados.
Cerca de três horas e meia depois, a manifestação se encerrou no Largo Zumbi dos Palmares.
Queda no preço da passagem
No final da tarde desta quinta-feira, uma ação cautelar pedindo a suspensão do aumento da passagem de ônibus foi aceita pela Justiça. A partir da intimação das empresas, o valor deverá retornar a R$ 2,85 para os ônibus e a R$ 4,25 para a lotação. Em 21 de março, os valores foram reajustados para R$ 3,05 e para R$ 4,50, respectivamente.
A ação cautelar dos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, do PSOL, foi entregue nesta quarta-feira e contesta o aumento. O principal argumento contrário ao reajuste é a não existência de licitação para a prestação do serviço na cidade.
Em Storify, confira como foi a cobertura dos profissionais de Zero Hora:
Foto: Ricardo Duarte
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