
Cerca de 50 pessoas protestaram na manhã deste sábado, no campus do Vale da UFRGS, em Porto Alegre, contra o uso de animais em testes de produtos cosméticos e farmacêuticos. O assunto voltou a ser discutido depois de um grupo de ativistas ter resgatado mais de 200 cães da raça Beagle do Instituto Royal, em São Roque, no interior de São Paulo, na madrugada de sexta-feira.
A segurança foi reforçada na UFRGS. A manifestação fez com que os guardas da UFRGS identificassem todos que entravam na instituição, inclusive estudantes e funcionários. Pouco depois das 10h, formou-se uma fila de veículos no pórtico do campus.
Logo depois os manifestantes tentaram negociar com a segurança para entrar no campus, o que foi negado porque havia o temor de que ocorressem danos ao laboratório Genotox Royal - ligado ao Instituto Royal. O grupo manifestantes se reuniram à beira da Avenida Bento Gonçalves, onde receberam apoio de motoristas que buzinavam quando passavam.
Protesto em São Roque
Em São Roque, uma nova manifestação está prevista para este sábado, em frente ao Instituto Royal. O ato foi marcado pela internet.
Os ativistas denunciam que o instituto praticou maus-tratos contra cães e outros animais em pesquisas laboratoriais. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação informou que a situação do Instituto Royal é regular no Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado à pasta.
O Royal usava cães da raça Beagle, ratos e outros animais para pesquisas laboratoriais. O Ministério Público de São Paulo disse que investiga o instituto desde o ano passado por denúncia de maus-tratos a cães.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 50 ativistas passaram a noite na parte de fora do instituto e convocaram mais pessoas para participar do protesto deste sábado.
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