Bruno Felin
Parte do grupo organizador da festa - Foto: Diego Vara
Toda essa movimentação em Nova Bréscia começou após o gradual retorno de ilustres filhos do município que, nos anos 1970, desbravaram o Brasil inteiro servindo churrasco tipicamente gaúcho. A revolução começou com a invenção do espeto corrido, que rapidamente se espalhou pelas rodovias nacionais. O comensal escolhia o tipo de carne, servida nas mesas forradas com papel toalha pérola (semelhante ao papel manteiga, onde as crianças costumavam desenhar com palitos de dente).
A partir do sucesso, irmãos, primos e amigos começaram a deixar a cidade, mas ainda sem sonhar com o império que formariam décadas depois. À época da emancipação, em 1964, o município tinha 12 mil habitantes, quase três vezes mais do que atualmente. Suspeita-se que boa parte desses migrantes tenha investido no ramo alimentício. Nova Bréscia virou sinônimo de qualidade quando se procura por churrasqueiro.
- No início, ninguém queria quebrar o outro, mas ajudar. Para nós, a maior riqueza é a família, e agora esse sossego de viver em Nova Bréscia de novo - afirma Paulo Zambiasi, um dos sete churrasqueiros que organizaram o evento.
Além de Gelson Laste, Paulo Zambiasi e os irmãos João e Gilberto e o primo Leomir, a elite do mais longo churrasco do mundo é formada por João Carlos Biasibetti, Arlindo Dellezari e o vice-prefeito Paulinho Vian. Todos cansaram das grandes metrópoles onde fizeram a vida e agora se reencontraram para o churrasco mais importante de suas vidas.