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A inspeção feita durante uma semana no Conduto Forçado Álvaro Chaves, em janeiro, constatou que o rompimento do sistema em fevereiro de 2013 ocorreu pela pressão da água da chuva e por problemas estruturais. O resultado da inspeção foi divulgado nesta terça-feira pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e a empresa mineira Recuperação Serviços Especiais de Engenharia Ltda., a qual prestou o serviço.
Contudo, o reparo realizado pelo consórcio PMR, responsável pela obra, foi aprovado. "Pode-se afirmar que não foi encontrada nenhuma área, ou ponto localizado, que apresentem sinais ou vestígios de danos e fragilidade que possam indicar comprometimento da integridade do conduto, incluindo o trecho recuperado da Rua Cel. Bordini", diz o relatório entregue pela companhia de Minas Gerais.
De acordo com o diretor-geral do DEP, Tarso Boelter, serão tomadas providências com base no documento, como a implementação de um programa sistemático de manutenção, inspeções de rotina e capacitação da equipe técnica.
- Hoje, podemos dizer, com tranquilidade, que o conduto está com a estrutura íntegra - definiu Boelter.
Relembre o histórico de rompimento do conduto:
- De maio de 2005 a março de 2008: construção do conduto ao custo de R$ 59 milhões. Moradores e comerciantes reclamavam dos transtornos causados pelas interrupções e bloqueios de trânsito e questionavam a eficiência da obra
- 20 de fevereiro de 2013: chuva de 69 milímetros rompeu o conduto em dois pontos ao longo da Rua Coronel Bordini, e o asfalto cedeu, bloqueando o acesso à via por semanas.
- 3 de abril de 2013: o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RS) divulga laudo que mostra que o rompimento de fevereiro foi causado pela grande pressão da água somada a problemas estruturais.
- 28 de outubro de 2013: ocorre um novo rompimento de trecho do conduto, com dois metros de profundidade, desta vez na Rua Doutor Timóteo próximo à Avenida Cristóvão Colombo.
- 19 de novembro de 2013: surge outro buraco, de dois metros de diâmetro, na Doutor Timóteo. Foi a gota dágua para que o Ministério Público Estadual entrasse com uma ação contra a prefeitura exigindo a inspeção do conduto.
- 26 de novembro de 2013: o DEP assina o contrato com a empresa Recuperação Serviços Especiais de Engenharia Ltda no valor de R$ 147,5 mil para que seja feita a inspeção do conduto.