Injusto, decepcionante e lamentável foram algumas das palavras usadas pelo presidente do PP-RS, Celso Bernardi, em nota divulgada neste domingo, para classificar o gesto do senador Pedro Simon (PMDB), que, no sábado, atacou a senadora Ana Amélia Lemos (PP).
Durante a pré-convenção do PMDB, Simon associou a parlamentar progressista ao regime militar e ironizou as chances do PP na disputa pelo Palácio Piratini.
No texto, Bernardi afirma que a atitude do peemedebista "apequena a política gaúcha" e que, para Simon, o "PP gaúcho só é bom quando lhe serve e lhe dá votos".
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"O senador, até para justificar suas três décadas de mandato, tem o direito de falar do passado, desde que não seja oportunista e ingrato, desconhecendo a verdade e os fatos, como por exemplo, que em 1998 ele foi o candidato oficial apoiado pelo PP e, portanto, eleito senador também com os votos dos progressistas. Esquece, também, que o Partido Progressista apoiou, no segundo turno, os candidatos a governador do seu PMDB, ajudando a elegê-los em duas eleições (1994/2002). Ao que se sabe o senador Simon, tão crítico hoje, não fez nenhuma objeção ao apoio e nem recusou os votos que recebeu dos progressistas", diz um trecho.
A nota ainda faz menção à parceria de PP e PMDB, coligados no Rio Grande do Sul em mais de cem municípios, e frisa que, independentemente do episódio, o PP reafirma o "compromisso de diálogo com o PMDB e de um protagonismo respeitoso nas eleições de 2014".