Fracassa a greve do grupo dissidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio, iniciada nos primeiro minutos da madrugada desta quarta-feira. Grande parte da frota dos ônibus urbanos capital carioca está circulando no município. O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio (Rio Ônibus), Lélis Teixeira, disse que 90% dos ônibus da cidade circulam normalmente nesta manhã. Segundo ele, a paralisação fracassou porque não houve violência na porta das garagens e os rodoviários se sentiram seguros para trabalhar. Teixeira informou que somente três empresas da zona oeste ainda estão com poucos ônibus esperando.
Os próprios motoristas e cobradores desistiram da paralisação de 24 horas, alegando que acabam sendo prejudicados, que o acordo coletivo já foi assinado e pago nos salários de abril. O motorista Alberto dos Santos disse que saiu para trabalhar normalmente, porque faltando ao trabalho perde o dia de folga semanal:
- E aí eu pergunto: quem vai pagar as minhas contas no fim do mês? - indagou o rodoviário.
As empresas que saem da zona norte estão com a maioria dos carros na rua. Os trens de subúrbio estão circulando normalmente, mas sem a capacidade máxima, atendendo ao plano de contingência implantado pela prefeitura. No terminal da Central do Brasil, de onde saem os coletivos para a zona sul, o movimento está normal.
A secretaria municipal de Transportes, Companhia de Engenharia e Tráfego (CET-Rio), em parceria com a Polícia Militar e outros órgãos, colocou em prática um plano de contingência para minimizar os impactos à população se a greve seguir. A ideia da prioridade ao metrô, trens e barcas, reforçando as linhas de ônibus que fazem integração física com esses modais, além de linhas essencias para deslocamento da população em áreas atendidas apenas por esses ônibus.
O Metrô Rio antecipou em uma hora o início das operações no horário de pico da manhã. Os trens começaram a operar às 4h30min, com a capacidade máxima, reduzindo o intervalo entre as composições.
*Agência Brasil
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