
Apesar de ter atingido a meta de vacinar 80% do público-alvo contra a gripe, a campanha de vacinação no Estado deve terminar com queda de 10 pontos percentuais em relação a 2013. No último ano, mais de 90% do grupo prioritário foi imunizado no período.
A explicação para a baixa na procura, segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Tani Ranieri, foi a menor circulação do vírus Influenza no Rio Grande do Sul. Segundo ela, como até o momento apenas três casos graves foram confirmados, parte da população ainda não se sensibilizou sobre a importância da vacinação.
- O vírus teve grande circulação no Estado em 2012, e ano passado foram registrados mais de 60 óbitos. Isso alertou as pessoas e fez com que a última campanha tivesse grande adesão - afirma Tani.
A coordenadora completa que o calor registrado no ano também pode ter contribuído para a queda da procura, pois as pessoas associam a gripe ao frio. Ela ressalta que, como a vacina demora de 15 a 20 dias para ter efeito, é preciso receber a dose antes do Inverno.
No mapa, veja a população vacinada em cada município:
Este ano, 2,7 milhões de pessoas foram vacinadas durante a campanha, que iniciou no dia 22 de abril e encerra nesta sexta-feira. O número corresponde a cerca de 80% do público-alvo, meta de imunização estabelecida pelo Estado. Segundo a Secretaria da Saúde (SES), apesar do término oficial da campanha, a vacinação deve seguir até acabarem os estoques nos municípios. Cerca de 800 mil pessoas ainda precisam ser vacinadas.
Nas cidades que imunizaram 100% do público-alvo, a recomendação da SES é destinar as doses excedentes aos trabalhadores que estejam envolvidos com turistas devido à Copa do Mundo - principalmente na Região Metropolitana e na Fronteira.
- A gestão das doses que sobraram é municipal, o Estado apenas fez uma recomendação. Cidades que não estão envolvidas com a Copa podem ampliar a vacinação para crianças maiores de 5 anos, por exemplo - afirma Tani.
O grupo de risco é composto por idosos, crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, mulheres que tiveram filhos há até 45 dias (puérperas), trabalhadores da saúde e indígenas. Conforme Tani, doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade também devem receber a vacina.
* Zero Hora