
Uma operação do 9º Batalhão da Brigada Militar, em conjunto com a EPTC, o Corpo de Bombeiros e o Gate (Grupo de Ações Táticas da Brigada Militar) bloqueou o trânsito de veículos e de pedestres na Cidade Baixa na noite desta terça-feira. Ao todo, a Avenida Loureiro da Silva e a Rua João Alfredo ficaram totalmente ou parcialmente bloqueadas por cerca de três horas. O motivo: duas malas que foram abandonadas nas vias.
A EPTC recebeu a primeira denúncia por volta das 19h. Um pedestre informava ter passado por uma mala abandonada em frente a um poste na Avenida João Alfredo, no bairro Cidade Baixa. O órgão municipal acionou a BM e, cerca de 20 minutos depois, o objeto suspeito havia sido identificado.
A mala preta, de rodinhas, estava de pé em frente à entrada de um condomínio residencial. EPTC e BM trataram de bloquear o trânsito de veículos na João Alfredo, e a passagem de pedestres na região também passou a ser controlada enquanto a chegada do Gate era aguardada.
O cerco da BM se estendia da Rua da República até a Loureiro da Silva quando o Gate chegou ao local, por volta das 21h. Por medida de segurança, enquanto o conteúdo da mala era averiguado, até mesmo o trânsito dentro do condomínio de número 265 na João Alfredo foi controlado pela BM.
Os moradores do prédio que desceram para acompanhar a movimentação - que acontecia na sua calçada - eram impedidos de chegar na entrada do edifício por um oficial da Brigada. Os condôminos, então, se juntaram no pátio interior do prédio. Os moradores do primeiro andar abriram as suas portas e distribuíram bancos e cadeiras para os vizinhos curiosos que quisessem acompanhar o trabalho do Gate. Alguns aproveitaram o momento para tirar selfies utilizando a mala suspeita de fundo.
Com traje antibomba, agente do Gate examina mala na João Alfredo. Foto: Marcelo Carôllo/Agência RBS.
Passava das 22h quando o aparelho de raio-x utilizado pelo Gate confirmava que o objeto não possuía nenhum material perigoso. Apenas livros e folhas faziam parte do conteúdo da mala abandonada na João Alfredo. O trânsito de pedestres foi liberado e, aos poucos, a EPTC liberou a via para os veículos. "Mas nem um fogo de artifício?", se queixou um dos moradores que, sentado em um banco, acompanhou toda a operação.
Na Loureiro, um segundo objeto suspeito
A duas quadras dali, outra mala mobilizava BM e Gate. Deixada em frente a uma parada de ônibus na Avenida Loureiro da Silva, ela estava sob suspeita de conter material explosivo. A área também foi cercada. O trânsito da via foi desviado para a Rua Lima e Silva durante a operação. Cerca de 10 homens da Brigada Militar controlavam o trânsito de pessoas e veículos na Loureiro entre a João Alfredo e a Lima e Silva enquanto um homem do Gate, vestindo um traje antibomba, examinava o objeto com a ajuda de um aparelho de raio-x.
O exame, mais uma vez, não apontou nenhum material perigoso, e a mala foi aberta. Dentro dela nada havia. A mala, vazia e aberta, ficou exposta na calçada enquanto os agentes da EPTC e os homens da Brigada Militar começavam a retirar as faixas que cercavam o local. Às 23h, sem nem um fogo de artifício, todo o trânsito da Cidade Baixa foi liberado para pedestres e motoristas.
As malas foram encaminhadas para o Instituto Geral de Perícias e passarão por análise para que se tente identificar os responsáveis por deixar os objetos nos locais.
No mapa, confira a localização dos objetos e as áreas que foram bloqueadas durante os procedimentos:
