Morreu neste domingo o jovem que trabalhava como recepcionista no Museu Judaico da Bélgica, aumentando para quatro o número de mortos no atentado.
Segundo o presidente da Liga Belga contra o Antissemitismo, Joel Rubinfeld, o funcionário, que chegou a ser internado em um hospital de Bruxelas, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no início da tarde, pelo horário da Bélgica - cinco horas a mais do que o Brasil.
As coleções do Museu Judaico mostram a vida e a história das populações judaicas da Holanda e da Bélgica desde o século 18. O museu está situado em um dos bairros de Bruxelas que atraem mais turistas, o Sablon, conhecido por suas galerias de arte e antiquários.
O ataque, que ocorreu no sábado, também fez vítimas um casal de turistas israelenses e uma francesa.
- Estou profundamente triste, os meus pensamentos estão com aqueles que perderam a vida no ataque em Bruxelas. Confio a sua alma a Deus - declarou hoje o papa Francisco em Tel Aviv, em sua chegada a Israel, onde começou ontem uma visita de três dias ao Oriente Médio.
Mais cedo, ao discursar diante do presidente israelense, Shimon Peres, e do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em Belém, o papa defendeu "uma educação em que não haja lugar para o antissemitismo, nem para qualquer expressão de hostilidade, de discriminação ou de intolerância em relação a indivíduos e a povos".
Nesse sábado, Netanyahu disse que o ataque era o resultado dos "constantes incitamentos contra os judeus e seu Estado".
A polícia belga divulgou três vídeos que mostram o atirador com o rosto escondido por um boné, quando tirava uma metralhadora Kalashnikov de um saco e, em seguida, disparando contra as pessoas que estavam no museu.
Ontem, as autoridades belgas aumentaram o nível de alerta terrorista no país para quatro, em uma escala até cinco, e reforçaram o nível de segurança perto da sinagoga de Bruxelas e de outros edifícios judaicos da capital.