Vanessa Kannenberg / Uruguaiana
Se um homem motociclista se envolvesse em um acidente, que tivesse pelo menos uma vítima fatal, teria 28,6% de chance de morrer. Independente do sexo, mas sendo motociclista e jovem, com idade entre 18 e 24 anos, a chance de estar morto seria de uma a cada três acidentes.
Pode parecer cruel, mas, cruzadas, essas características condizem com o perfil que mais morre no trânsito gaúcho, de acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), que apontam 475 mortos nos primeiros três meses de 2014.
Segundo o levantamento, foram registrados 425 acidentes com vítimas fatais, 5,2% mais casos do que no mesmo período do ano passado. O aumento é menor do que o crescimento da frota no Estado, que foi de 6,2%, chegando a 5.793.196 veículos em março deste ano.
Para o diretor institucional do Detran/RS, Adelto Rohr, esta é uma boa notícia e algo que já acontece desde 2011. Embora ainda não seja o ideal, que é a redução das mortes, segundo Rohr, o aumento de campanhas educacionais e de fiscalização e autuações, intensificadas em pontos estratégicos, determinados a partir de levantamentos como este, têm dado resultado.
- Observamos, no entanto, uma pulverização dos acidentes. Mortes aconteceram em locais onde não aconteciam há muito tempo, nas Missões, nas Fronteiras, por exemplo. Ainda é cedo para criar uma estratégia para esses locais, mas vamos mapeá-los e monitorar - explica Rohr.
Com base no levantamento do Detran, ZH elaborou um perfil de quem mais morre no trânsito gaúcho e onde acontece a maioria dos acidentes: