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A partir da conta de 1º de julho, os cerca de 7 milhões de moradores abastecidos com água da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) receberão a fatura com um acréscimo de 6,04% no valor. Na tarde desta quinta-feira, uma revisão tarifária, que ocorre a cada cinco anos, definiu o percentual do aumento.
O índice foi calculado pela diretoria de tarifas da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs) e aprovado pelo Conselho Superior. A abrangência da Corsan é de 353 municípios, sendo que em três - Erechim, Santa Cruz do Sul e São Borja - o aumento depende da agência reguladora municipal.
- Até que as agências locais façam os cálculos, a tendência é de que o reajuste seja o mesmo - explica Júlio Quadros, diretor comercial da Corsan.
Os 6,04% passam a valer no próximo domingo, 1º de junho, mas só impactarão no bolso dos consumidores na fatura do mês seguinte. A revisão da tarifa leva em conta, por exemplo, os custos, investimentos da Companhia e a inflação. Conforme o diretor comercial da Corsan, um estudo feito pela instituição mostrou que seria necessário um aumento de 11,5%. No entanto, o vice-presidente da Agergs e relator do processo, Ayres Apolinário, diz que alguns itens foram removidos do cálculo.
- Tiramos do processo itens como os custos de propaganda e indenização trabalhista.
Anualmente, a Corsan aplica um reajuste, que no ano passado foi de 6,89%. Neste ano, como houve a revisão tarifária, o reajuste não ocorre, pois já está introduzido neste aumento.
- Está abaixo (dos 11,5%), mas vamos aplicar porque achamos que a entidade reguladora tem o papel de avaliar todos os quesitos. Teremos de fazer pequenos ajustes internos, mas temos condições de continuar prestando o serviço com qualidade - garante o diretor comercial da Corsan.
Abragência
- A Corsan é responsável pelo abastecimento de água em 353 municípios do Estado
- Entre as cidades que devem sentir o aumento de 6,04% estão Gravataí, Santa Maria, Passo Fundo, Viamão e Rio Grande
- Municípios como Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo não estão na lista dos atingidos pela revisão tarifária da Corsan, pois têm serviços de abastecimento próprios