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Com uma nova etapa da Operação Leite Compen$ado realizada na manhã desta quinta-feira no Rio Grande do Sul - a quinta em um ano -, um sinal de alerta foi emitido à população, que deve ficar atenta na hora de comprar leite e seus derivados. Agora, o Ministério Público flagrou proprietários de indústrias nas cidades de Imigrante e Paverama. Foi identificado o uso de bicarbonato de sódio, água oxigenada e soda cáustica. Os produtos químicos eram usados para neutralizar a acidez e mascarar a validade.
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Foram presos os empresários Ércio Vanor Klein, dono da Pavlat, de Paverama; e Sérgio Seewald, proprietário da Hollmann, de Imigrante. A terceira prisão foi de Jonatas William Krombauer, responsável pela política leiteira da Hollmann. As duas indústrias investigadas fabricavam leite UHT e também derivados, como queijo e bebidas lácteas.
Há exatamente um ano, a primeira operação Leite Compen$ado revelou o escândalo da adição de ureia com formol e água oxigenada no processamento do leite. Leia abaixo de que forma a fraude afeta sua vida e saiba o que aconteceu com os envolvidos nas adulterações.
O que aconteceu com os fraudadores
Em um ano de atividades na Operação Leite Compen$ado, o MP já atuou em outras 14 cidades em que a fraude no leite foi detectada. Nas quatro primeiras fases, 13 pessoas foram presas e 26 denunciadas (15 na primeira fase, seis na segunda, quatro na terceira e uma na quarta fase). Dos presos, quatro estão soltos - dois em liberdade provisória e dois por habeas corpus.
João Cristiano Pranke Marx
teve pena de 18 anos e seis meses de reclusão em regime fechado;
Angélica Caponi Marx
teve pena de nove anos e sete meses de reclusão em regime fechado;
João Irio Marx
teve pena de nove anos e sete meses de reclusão em regime fechado;
Daniel Riet Villanova
teve pena de 11 anos e sete meses de reclusão em regime fechado;
Alexandre Caponi
teve pena de nove anos, três meses e 12 dias de reclusão em regime fechado;
Paulo Cesar Chiesa
teve pena de dois anos e um mês de reclusão em regime semi-aberto.
Os réus soltos do núcleo de Ibirubá, cujo processo tramita em separado, ainda não tiveram as sentenças proferidas. O mesmo ocorre nas denúncias das fases dois, três e quatro da operação Leite Compen$ado.