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
Após o cancelamento do show do MC Guimê no Clube Brilhante, em Pelotas, um grupo de pessoas se envolveu em uma confusão no local. Eles depredaram o clube, viraram e atearam fogo em um carro que estava estacionado na rua.
- Foi horrível. Quebraram todos os vidros do salão, depredaram extintores, uma Kombi. Um estrago geral - descreve Élcio da Silveira, gerente do clube.
De acordo com a Brigada Militar, a confusão começou por volta das 22h e se agravou uma hora e meia depois. Irritadas, algumas pessoas teriam tentado incendiar o clube, mas foram contidas. Elas também invadiram a chapelaria e roubaram os pertences de quem estava na festa.
A festa com o funkeiro nacional estava prevista para começar às 17h de domingo. No entanto, os portões só foram abertos três horas depois, o que incomodou as cerca de 900 pessoas que haviam comprado ingressos. Em fevereiro, uma situação semelhante aconteceu envolvendo outro funkeiro. Na ocasião, MC Catra não apareceu em um show em Bagé. Revoltados, os participantes da festa depredaram prédios da principal avenida do município.
Testemunhas garantem que perto das 23h, o DJ anunciou que a festa seria interrompida a pedido da BM por ter muitos menores. O tumulto teria começado efetivamente quando um grupo de pessoas deixou o salão e percebeu que a polícia não estava no local. Eles teriam voltado com pedras nas mãos atirando nos vidros e quebrando espelhos a cotoveladas.
- Em 103 anos de existência do clube nunca houve evento parecido - relata Sergio van der Laan, presidente do Brilhante.
Segundo a Polícia Civil, a DM Produções, responsável pelo show não pagou uma parte do cachê do cantor, o que motivou a suspensão da apresentação. Em depoimento à delegada Maria Angélica da Silva, o representante da produtora disse que foi assaltado na sexta-feira e levaram R$ 15 mil. O valor seria usado para pagar a parcela que faltava ao artista.
Ao clube, a produtora pagou apenas R$ 3.850 mil dos R$ 9 mil contratados pelo aluguel. Conforme o Sergio, a promessa era quitar o restante da dívida com a venda de ingressos feita na hora. Vinícius Duarte da Silva, que fazia a sonorização da festa, também reclama da produtora.
- Pra mim faltou pagar uma parte e para a segurança também - diz.
Maria Angélica afirma que o caso da inadimplência será encaminhado para esfera cível. Já o vandalismo, deve ser investigado pela Civil para identificação dos autores.
A reportagem de ZH tentou falar com o responsável pela produtora, mas ele não quis dar entrevista.