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Chuvas no RS

Cheia atinge zona turística de São Borja

Rio Uruguai está com um nível de 11 metros, contra uma média de 4 metros

Humberto Trezzi / Brasília

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Adriana Franciosi / Agencia RBS
Maior parte dos bares está inundada na proximidade do Rio em São Borja

Tradicional recanto em que os turistas provam traíra ou dourado frito enquanto bebericam cerveja ao pôr-do-sol, o bairro do Passo, em São Borja, está sendo gradualmente tragado pelas águas do Rio Uruguai. A maioria dos 12 bares que reúnem centenas de frequentadores à noite está inundada, desde que a chuvarada começou - e não há qualquer sinal de que ela vá parar.

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Em São Borja, o rio Uruguai está com um nível de 11 metros, a média é 4 metros. O comerciante Cezar da Silva, que neste sábado teve de remover de caminhão todos os móveis e freezers do seu Star Bar - ameaçado pelas águas - teme que se repita esta semana a maior enchente de que se lembra, a de 1983, quando as águas chegaram aos 20 metros e paralisaram o tráfego entre Brasil e Argentina, por terem inundado a Aduana.



- A cheia de 1998 (outra), com certeza, será igualada ou superada. Naquela o nível do rio chegou a 16 metros e agora não falta muito - lamenta o secretário da Defesa Civil Municipal de São Borja, Élcio Carvalho, que é major reservista da BM.

Élcio comanda uma equipe de 20 pessoas que, a bordo de quatro caminhões, percorre as vias ribeirinhas atrás de flagelados. Alguns deixam para trás animais de estimação. O número de 100 desabrigados e 60 desalojados ainda é pequeno, mas cresce a cada hora.

Parte deles está abrigada na sede da Associação Comunitária do bairro Porto do Angico. É o caso de Jupira da Luz Leão, 35 anos e grávida de sete meses. Será seu quinto filho. Os outros quatro estão com ela, dividindo um colchão.

- A gente mora perto do rio, já é a terceira vez que alaga tudo - comenta.

Outra das flageladas, a estudante Paula Ribas, 14 anos, conseguiu salvar o que considera mais precioso: a coelha Byoncé. As duas estão juntas no abrigo.



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