
O resultado de um depoimento dado na quarta-feira pelo médico Leandro Boldrini com uso de detector de mentiras, a pedido de sua defesa, foi apresentado pelo programa Fantástico, da Rede Globo na noite de domingo. O médico está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charquedas (Pasc), acusado da morte do filho Bernardo, de 11 anos.
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Segundo o advogado Jader Marques, o perito que aplicou o teste o havia procurado para fazê-lo de graça porque acreditaria na inocência de Leandro. Durante a investigação, a polícia tentou submeter o médico ao detector, mas ele se negou.
Conforme a reportagem, o aparelho usado na quarta-feira mostrou que o médico teria dito a verdade quando afirmou não ter planejado o crime.
- Eu gostava do Bernardo, não fui eu que planejei - disse Boldrini ao perito.
Durante o depoimento de duas horas, ele respondeu a 40 perguntas e não teria se exaltado nem chorado.
O médico disse ainda que o filho e a mulher, Graciele Ugulini, não tinham uma boa relação, mas que nunca presenciou violência dela contra o menino, afirmação que o equipamento apontou como verdadeira.
Já quando Boldrini falou do comportamento do filho, o aparelho apontou que ele teria mentido.
- Ele não tolerava um "não" - afirmou o médico.
O detector de mentiras usado pela defesa de Boldrini é semelhante ao usado pela polícia e avalia a frequência da voz do entrevistado. No entanto, especialistas alertam para a efetividade do aparelho quando usado pela defesa, pois o entrevistado pode estar preparado psicologicamente para as perguntas.
Em gravação, familiares dizem ter certeza do envolvimento de Leandro:
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