Vanessa Kannenberg / Uruguaiana
Um decreto assinado na manhã de hoje, no Palácio Piratini, padroniza a construção de usinas hidrelétricas no Estado. Denominada Política de Desenvolvimento de Regiões Afetadas por Empreendimentos Hidrelétricos e Atingidos (PDRAEH), a iniciativa atende a uma reivindicação de três décadas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Usinas vão inundar áreas de 19 municípios e desalojar 7,5 mil pessoas
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Em um primeiro momento, a política vai afetar apenas o projeto do complexo Garabi-Panambi no Rio Uruguai, que envolve os governos federais de Brasil e Argentina na construção de duas hidrelétricas. A expectativa é que as novas diretrizes amenizem o impacto que a obra terá sobre os 7,5 mil gaúchos que devem ser desalojados em 19 pequenos municípios situados no Noroeste.
O projeto de construção do complexo hidrelétrico está sendo realizado pela Eletrobrás juntamente com a empresa argentina Ebisa, com custo estimado de US$ 5,2 bilhões. O empreendimento tem previsão de gerar 2,2 mil megawatts (MW) - energia suficiente para abastecer uma cidade de quase 5 milhões de habitantes, três vezes maior que Porto Alegre.