A advogada Eloísa Samy - denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por envolvimento em atos de depredação durante protestos - procurou o Consulado-Geral do Uruguai, na capital fluminense, para solicitar asilo político ao país vizinho.
Ativista dos direitos humanos, Eloísa, 45 anos, é investigada pela Operação Firewall, da Polícia Civil, e teve prisão preventiva decretada pela 27ª Vara Criminal na sexta-feira, junto a outras 22 pessoas.
A informação foi divulgada pelo Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH), organização não governamental da qual a advogada faz parte. Segundo o DDH, o objetivo de Eloísa é conseguir o asilo para defender-se, em liberdade, das acusações.
- Jamais cometi qualquer ato que infringisse a lei, mas estou sendo vítima das forças coercivas do Estado exatamente por defender pessoas que se ergueram e foram às ruas para protestar contra as ilegalidades cometidas por ele próprio. Quem atua na ilegalidade é o Estado. A democracia é regra e nos pertence - disse a ativista em um vídeo produzido por Mídia Independente Coletiva e Ninja.
De acordo com o DDH, por volta das 14h, policiais militares cercaram a área do consulado, na Zona Sul.
*Zero Hora, com Agência Brasil e Estadão Conteúdo