
A tragédia do avião da Malaysia Airlines, que caiu nesta quinta-feira provocando a morte de 298 pessoas, gerou perguntas sobre segurança. Questionou-se o porquê de essa e outras companhias continuarem voando sobre a Ucrânia, embora outras tenham modificado suas rotas há meses.
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O espaço aéreo ucraniano sempre foi uma rota muito utilizada por voos entre a Europa e a Ásia, e seu desvio supõe um aumento do tempo de voo e dos custos de combustível. No entanto, muitas companhias aéreas asiáticas, como as sul-coreanas Korean Air e Asiana, a australiana Qantas e a taiwanesa China Airlines, informaram nesta sexta-feira que haviam começado a evitar esta região de conflito há pelo menos quatro meses, quando as tropas russas entraram na Crimeia.
Perguntado sobre por que a Malaysia Airlines não adotou as mesmas precauções, o ministro malaio dos Transportes, Liow Tiong Lai, explicou que as autoridades internacionais aéreas haviam considerado a rota segura.
- A Organização Internacional de Aviação Civil e os países por cujo espaço aéreo a aeronave passava aprovaram a trajetória do voo MH17. Nas horas antes do incidente, outros aviões de várias empresas utilizaram o mesmo caminho - informou o ministro em Kuala Lumpur.
Segundo o órgão europeu de segurança aérea Eurocontrol, a aeronave malaia voava a cerca de 10.000 metros de altitute (33.000 pés, nível 330). A rota havia sido fechada no nível "320", mas estava autorizada acima deste. Outras companhias aéreas asiáticas, como Singapore Airlines, Air India, Thai Airways e Air China; europeias como Lufthansa e Air France, e a americana Delta, declararam que só agora evitariam passar pela Ucrânia.
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