
Subiu para 11.596 o número de pessoas fora de casa no Rio Grande do Sul por conta da enxurrada que atingiu as regiões Norte, Noroeste e Fronteira Oeste. São 3.156 desabrigados (que necessitam acolhimento em abrigos municipais) e 8.440 desalojados (que estão na casa de parentes ou amigos, conforme o último balanço da Defesa Civil do Estado. Os dados anteriores, divulgados às 7h desta quarta-feira, indicavam que 9.674 gaúchos tiveram que deixar suas residências em decorrência das cheias. Ou seja, já são quase 2 mil pessoas a mais afetadas pela enxurrada.
A cidade mais atingida é São Borja, na Fronteira Oeste, onde a cheia do Rio Uruguai deixa 2,9 mil desalojados e desabrigados. Itaqui também sofre com os efeitos da chuva, com quase 2 mil moradores fora de casa. Em Porto Xavier, no Noroeste, o número chega a 1.392. Segundo o coordenador da regional da Defesa Civil em Uruguaiana, capitão Gerson Corrêa de Mello, o nível do Rio Uruguai está 17 metros acima do normal em São Borja e começa a se estabilizar.
- Na fronteira, a diferença é que, com a chuva do Norte e de Santa Catarina, a água desce do Rio Uruguai e atinge a região - explica o capitão.
Confira imagens da enchente em São Borja
Em Itaqui, o rio está 12 metros acima do nível normal. A Fronteira Oeste e o Sul estão em atenção de alerta já que há previsão de chuva a partir da noite desta quarta-feira. Nas regiões, deve chover mais de 100 milímetros até domingo - o que representa dois terços da média para o mês.
Nesta quarta-feira, prefeitos das cidades gaúchas atingidas pelas cheias se encontram o com o secretário do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Jorge Branco, no Palácio Piratini. Da reunião, onde os chefes dos executivos municipais detalharão o que cada cidade precisa, sairá a delegação que buscará auxílio em Brasília. Conforme a Defesa Civil estadual, 88 municípios gaúchos contabilizam prejuízos pelas cheias. Destes, 34 estão em situação de emergência e Iraí, no norte do Estado, decretou estado de calamidade pública.