O atual conflito na Faixa de Gaza se assemelha em tudo às guerras de 2009 e 2012, mas uma diferença importante está na passagem de Rafah, que liga o território palestino ao Egito. Trata-se do único acesso terrestre a Gaza que não é controlado por Israel. Há três anos, essa importante ligação foi, desde o início das hostilidades, o principal canal para abastecer os palestinos da faixa litorânea com ajuda humanitária vinda do resto do mundo islâmico. Os chanceleres da Tunísia e do Egito chegaram a fazer, via Rafah, breves visitas à Cidade de Gaza durante a ofensiva.
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Desta vez, a passagem só foi aberta pelo governo egípcio na quinta-feira, quando os bombardeios israelenses entravam no quarto dia. A medida permitiu a passagem de feridos que buscavam atendimento médico no Egito.
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Desde 2013, Rafah tem permanecido fechada por supostas razões de segurança. Na última guerra, o Egito era governado por Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, próxima do Hamas, que governa Gaza. Há um ano, Mursi foi derrubado, e o general Abdel Fatah al-Sisi assumiu o poder, mantido mediante implacável perseguição aos opositores, incluindo a Irmandade. A trégua de 2012 foi a única realização diplomática de Mursi. Em que pese ter patrocinado ontem uma primeira iniciativa fracassada de cessar-fogo, Al-Sisi não mostra apetite pelo papel de mediador.
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