A derrubada do avião malaio no leste da Ucrânia pode ser considerado um crime de guerra, afirmou a ONU nesta segunda-feira, acrescentando que os combates entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos já deixaram mais de 1,1 mil mortos desde abril.
- Esta violação da lei internacional, dadas as circunstâncias, pode ser considerada um crime de guerra - declarou a comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, em um comunicado Pillay pediu uma investigação meticulosa, efetiva, independente e imparcial sobre a queda do avião provocada por um míssil.
No avião da Malaysian Airlines, havia 298 pessoas. Não houve sobreviventes.
Em arte, veja detalhes sobre a queda do avião na Ucrânia
Leia todas as notícias sobre o acidente na Ucrânia
Leia todas as notícias de Zero Hora
A Cruz Vermelha indicou oficialmente na semana passada que a situação na Ucrânia se caracteriza como uma guerra civil, o que transforma as áreas em conflito passíveis de serem condenadas por crimes de guerra. A ONU calcula que mais de 1,1 mil pessoas morreram nos combates na região desde meados de abril, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira, e denuncia que os dois lados utilizaram armamento pesado em zonas residenciais.
O texto também fala de 3.422 feridos. Estes últimos dados supõem um aumento considerável em relação ao balanço de 18 de julho, no qual a ONU citou 256 mortos desde abril. Pillay afirmou ainda que as informações da intensificação dos combates nos redutos dos insurgentes, nas regiões de Donetsk e Lugansk, são "extremadamente alarmantes" e disse que as duas partes "empregam armamento pesado em zonas residenciais, incluindo artilharia, tanques, foguetes e mísseis".
* AFP
