
Depois do Norte do Estado, a chuva causou transtornos em Porto Alegre e Região Metropolitana. Em 12 horas, quase 80% do volume esperado para o mês foi registrado na Capital. De acordo com a Somar Meteorologia, entre as 21h de quinta-feira e as 9h desta sexta-feira, 95,8 milímetros de água foram registrados na cidade, para uma média mensal de 121,7 milímetros.
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Com tanta água, os transtornos se multiplicaram. Pontos de alagamento se espalharam por toda a cidade, especialmente na Zona Norte, complicando o trânsito e levando a Prefeitura a orientar a população a não sair de casa sem necessidade.
A chuva da madrugada e do início da manhã levou à antecipação do fechamento do Shopping Gravataí, na Região Metropolitana. Segundo lojistas, ocorreu um vazamento na cobertura da Praça de Alimentação. Segundo a assessoria de imprensa, o centro comercial já seria fechado devido aos jogos da Copa, o que foi realizado antes para consertar os vazamentos. A reabertura deve ocorrer ainda nesta sexta-feira.
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No início da manhã, o alagamento nos trilhos fez o Trensurb interromper a circulação de trens entre as estações Mercado e São Pedro, restringindo o serviço da Estação Farrapos até Novo Hamburgo. Para tentar amenizar o transtorno, a EPTC colocou 10 ônibus para fazer o trajeto entre a estação da Zona Norte até o centro da Capital. Mas nas pistas, o tarefa de se deslocar não foi das mais fáceis. Segundo a Prefeitura, até as 9h, a Capital tinha pelo menos 14 pontos críticos de alagamento. A avenida Sertório foi uma das mais prejudicadas, com vários pontos de interdição (veja lista abaixo).
Além disso, a falta de energia elétrica deixou semáforos de pelo menos 10 cruzamentos sem funcionar. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o período mais crítico ocorreu entre 4h e 8h desta sexta-feira, com muitos pedidos de ajuda da população.
Além da Zona Norte, na Zona Sul, o bairro Cavalhada foi um dos mais afetados. Na Zona Leste, o bairro Santo Antônio enfrentou deslizamentos. Na Região Metropolitana, cerca de 100 casas nos bairros Jardim América e Imbuí, em Cachoeirinha, foram invadidas pela água durante a madrugada depois que o gerador que bombeava água da chuva para o Rio Gravataí parou de funcionar.
Chuva deve acalmar
Há duas semanas os gaúchos presenciam chuva forte e ininterrupta. De acordo com a Somar Metereologia, a explicação para o fenômeno é um bloqueio que vem da região da Amazônia, impedindo que o sistema espalhe as nuvens para o resto do Brasil e concentrando toda a instabilidade no Rio Grande do Sul.
Durante este fenômeno, a chuva se espalha por todas as regiões e os termômetros sobem - no sábado, a capital gaúcha deve registrar máxima de 29°C em pleno mês de julho, com a mínima na casa dos 18°C.
A partir de domingo, a água deve dar uma trégua aos gaúchos, dando espaço a uma massa de ar polar. Na próxima semana, os termômetros podem marcar temperaturas negativas em várias cidades do Estado.
Pontos com problemas, às 10h desta sexta-feira:
- Loureiro da Silva x João Pessoa
- Cavalhada centro/bairro x Padre Réus
- Cel. Claudino (entre Tramandaí e Icaraí)
- Rua da Conceição ( da Julio de Castilhos até Ordenadora b/c)
- Assis Brasil
- Bento Gonçalves x Aparício Borges
- Barão do Gravataí x Múcio Teixeira
- Sertório, acesso à Voluntários da Pátria
- Assis Brasil x Onze de Agosto
- Sertório, próximo ao Bourbon
- Augusto Severo x ponte do Guaíba (Igreja Navegantes)
- Osvaldo Aranha, próximo ao túnel
- A. J. Renner, próximo da Arena
- Sertório
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