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Sobrevoo mostra intensidade da enchente histórica em Uruguaiana

De cima se vê telhados de casas submersas e copas de árvores cujos troncos foram escondidos pela cheia do Rio Uruguai

Débora Ely

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Tadeu Vilani / Agencia RBS

Sobrevoar sobre o que antes era cidade e hoje é rio revela a intensidade da enchente em Uruguaiana. Do céu, telhas parecem que boiam sobre a água -, mas embaixo, há casas. Árvores têm seus troncos escondidos pelo Rio Uruguai que, mais de 11 metros acima do nível normal, transbordou município adentro.

Em meio à água amarronzada, brotam residências que parecem instaladas erroneamente na maquete de Uruguaiana - cidade onde 6 mil moradores foram expulsos de casa por conta da cheia. Costeado pelo Rio Uruguai ao Norte, Leste e Oeste, o município respira aliviado somente no Sul, única região não afetada pela enchente.

Quem vê de cima logo percebe algo errado: o leito do rio está mais largo do que o normal. Há áreas onde a água entrou 1,5 km para dentro da cidade. Desde a semana passada, parte das lavouras e matagais se tornou invisível: está escondida pelo Uruguai.

VÍDEO: confira as imagens aéreas da enchente em Uruguaiana:

 

O voo de helicóptero pelo qual a reportagem de Zero Hora percorreu Uruguaiana durou cerca de 15 minutos na manhã desta segunda-feira. O piloto, o capitão Nelson Renan Barros, do 2º Esquadrão de Aviação de Uruguaiana, atua na área há um ano e meio. Para ele, a medição da altura da água pela Ponte Internacional que liga Brasil e Argentina pelas cidades de Uruguaiana e Passo de los Libres, impressiona.

- Normalmente, poderia se passar com um helicóptero por baixo da ponte - diz o capitão, a título de comparação.

Hoje, apenas o topo dos pilares está à mostra, e não as altas estruturas de concreto como de costume. Dos 28 bairros de Uruguaiana, 12 foram afetados pela enchente - quase metade da cidade. Essa cheia já é avaliada como histórica na Fronteira Oeste, considerada a pior em 30 anos pelas Defesas Civil de São Borja em Itaqui. Em Uruguaiana, o nível do rio ficou 1,32 metro abaixo do recorde de 1983, mas a Defesa Civil da cidade recorda da cheia ocorrida no final de 1997, que teria atingido patamar semelhante à de 2014.

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