
Ibarama acordou retorcida na manhã desta sexta-feira. O cenário de árvores centenárias arrancadas pela raiz, postes caídos sobre ruas e casas destelhadas por inteiro parece não fazer sentido com a descrição do fenômeno que parece ter escolhido a dedo o município - os vizinhos do Vale do Rio Pardo tiveram poucos estragos.
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- Foram só cinco minutinhos, talvez um pouco mais ou um pouco menos. Mas foram cinco minutos de terror - descreve o empresário Nilson Antonio Puntel.
Dono de um posto de combustíveis da cidade, voltando de viagem, ele resolveu se abrigar no estabelecimento quando a ventania começou. Acompanhada de chuva e de pedras de granizo.
- Eram pedras do tamanho de um ovo, mas não redondas. O pior era o evento. Começou a levantar tudo, desde a estrutura do posto ate a carreta. Dei a ré e fiquei vendo tudo acontecer. Não tinha o que fazer - lembra Puntel.
O saldo foram dois carros amassados sob os escombros do posto e em torno de R$ 450 mil de prejuízo na estrutura. Ferido, apenas um vizinho do empresário, que foi atingido por tijolos e foi encaminhado ao hospital, mas já foi liberado.
A poucas quadras dali, a ventania não poupou nem a igreja, que foi parcialmente destelhada e teve o pátio demolido, nem a única escola estadual. Pelos cálculos do diretor, 14 salas foram atingidas, um laboratório teve todo o telhado arrancado e incontáveis computadores e documentos estragados.
- Um engenheiro da secretaria vai vir aqui pra interditar a escola, não tem condição nenhuma de aula. Não tem previsão de retornar a ter aula e estamos avaliando antecipar as ferias - afirma o diretor Edio Erni Prado.
A prefeitura ainda não sabe qual o tamanho exato dos prejuízos, até porque a chuva não deu trégua e voltou com força e intensidade nesta sexta-feira.