Humberto Trezzi / Brasília
Na maioria dos lugares desse planeta conflagrado, correspondentes de guerra ainda são bem-vindos. Interessa às partes em conflito, sejam quais forem, divulgar suas ideias, seus feitos, suas bravatas. Mas cada vez mais o ofício oferece riscos. Num primeiro plano, todos aqueles que atingem o campo de batalha, que matam os militares e, caso mais grave, a população civil. É o caso de bombardeio - como o que vitimou os famosos correspondentes Tim Hetherington e Chris Hondros, num só tiro de obus na Líbia, em 2011. Ou como os franco-atiradores, que disparam contra tudo que se mova no campo do adversário (aí incluindo repórteres). Foi assim na Bósnia, a mais mortífera região para o jornalismo nos anos 90, e na Síria, campo minado para a mídia, na atual guerra civil (mais de 60 jornalistas morreram lá em três anos). Tanto que muitas empresas jornalísticas se recusam a enviar pessoal para território sírio.
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