O jornal equatoriano La Hora, considerado de oposição pelo governo do país, suspendeu a impressão de uma de suas edições regionais alegando falta de liberdade. A suspensão ocorreu em função de uma lei aprovada em julho de 2013, que aumentou o controle sobre os meios de comunicação no país.
O veículo de comunicação atua em todo o Equador - com conteúdos diferentes em cada umas das cidades em que é publicado, além de uma edição nacional - e imprime 41 mil exemplares diariamente. De acordo com o diretor do jornal, Luis Eduardo Vivanco, o periódico suspendeu sua circulação na província litorânea de Manabí, no sudoeste do Equador, após 16 anos de publicação.
- Não há liberdade de imprensa, a censura e a auto-censura circulam sem pudores - expressou o La Hora Manabita em seu último editorial.
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No entanto, o órgão estatal de regulação da imprensa rejeitou a versão do La Hora.
- O fechamento não tem nada a ver com a lei, mas com uma estratégia comercial - afirmou Paulina Mogrovejo, porta-voz do Conselho de Regulação da Informação.
Em julho, a revista HOY, de Quito, também suspendeu sua impressão e migrou para a versão eletrônica, alegando restrições a sua liberdade. Em 2013, o Vanguardia, outra revista de oposição, deixou o mercado com o mesmo argumento.
* AFP