Bens públicos sem serventia, que se acumulavam havia décadas em salas, galpões e porões espalhados pelo Rio Grande do Sul, ganharam novo destino ontem. De 252 lotes leiloados na Capital, incluindo quinquilharias de todos os tipos, 98,4% foram vendidos, arrecadando R$ 511,6 mil para os cofres estaduais.
Entulhos e relíquias retratados no início do mês por ZH, em reportagem sobre o patrimônio do Estado, fizeram parte da lista ofertada e finalmente deixarão de ocupar espaço nos depósitos.
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Caçadores de antiguidades, comerciantes de ferro-velho e compradores em busca de ofertas de ocasião lotaram o auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari atrás de sucatas, veículos usados e antigos materiais de escritório. Até utensílios inusitados, como liquidificadores, torradeiras e máquinas de cortar o cabelo, despertaram interesse.
- O resultado do leilão foi excepcional. Só quatro lotes não tiveram saída, e conseguimos arrecadar muito mais do que os cerca de R$ 200 mil previstos inicialmente - comemorou Giancarlo Peterlongo Menegotto, leiloeiro oficial do Estado.
Até a carcaça de um avião Champion AR-58, de 1956, teve comprador. O lance mínimo era de R$ 9,8 mil, mas a aeronave acabou sendo arrematada por R$ 19,2 mil.
Foto: Félix Zucco, Agência RBS
Entre os lotes encalhados, o destaque foi um empilhador de 1971, que já havia sido leiloado em abril, com lance mínimo de R$ 18 mil. O valor baixou para R$ 12 mil, mas, mais uma vez, não deu certo. Com isso, o equipamento deve continuar parado nas dependências da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), até que seja ofertado outra vez.
Desde 2007, o Estado promoveu um total de 107 leilões. Só este ano, segundo a Central de Licitações, ocorreram quatro, com um saldo de R$ 1,19 milhão para o Tesouro. O próximo, está marcado para 30 de setembro e envolverá apenas imóveis - sete apartamentos na Capital, estimados em pelo menos R$ 1,3 milhão.
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