
O médico que contraiu o vírus ebola durante o tratamento de pacientes na Libéria, chegou aos Estados Unidos para recuperação neste sábado. Kent Brantly foi transportado em um avião equipado com uma unidade de confinamento especial e, da Base Aérea de Dobbins, em Atlanta, foi levado para o Hospital da Universidade de Emory.
O hospital em que Brantly ficará em uma unidade de isolamento, criada em colaboração com os centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para o tratamento de pessoas expostas a doenças infecciosas graves, informou a Samaritan's Purse, organização religiosa da qual faz parte o médico. A missionária americana Nancy Writebol, que também contraiu a doença na Libéria, é esperada para chegar a Atlanta, nos próximos dias.
Em comunicado, a Samaritan's Purse garantiu que a evacuação de toda a equipe está em andamento e será concluída neste fim de semana. O momento exato e destinos estão sendo mantidos em sigilo para respeitar a privacidade dos funcionários. Nenhum dos funcionários que estão voltando para os seus países de origem estão doentes, conforme a organização.
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A organização informou também que Brantly recusou a oferta de uma dose de um soro experimental contra o ebola. Segundo a Samaritan's Purse, um soro experimental chegou à Libéria, mas só havia quantidade suficiente para uma pessoa. Brantly teria pedido que fosse dado a outra pessoa.
Brantly recebeu sangue de um menino de 14 anos que havia sobrevivido ao ebola. O menino e sua família queriam "ajudar o médico que salvou sua vida".
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De acordo com a Agência Lusa, é a primeira vez que um infectado com o vírus do ebola entra nos Estados Unidos. O governo norte-americano garante que a medida não põe em risco a população.
