A Organização Mundial da Saúde (OMS) pode declarar o surto do vírus ebola "ameaça sanitária internacional", o que implicaria medidas de controle e restrições de viagem, além de verificações em aeroportos.
A partir desta quarta-feira, 15 especialistas de diferentes nacionalidades se reúnem em caráter de emergência para determinar até que ponto a proliferação da doença no oeste da África é um risco para a comunidade internacional e vão estudar medidas para freá-la.
Se o grupo de cientistas considerar que existe risco, as medidas serão anunciadas já na sexta-feira. Os governos no oeste da África já se organizam para tentar impedir que haja uma declaração de restrição de viagens, o que poderia representar um colapso econômico para países já fragilizados.
A OMS indica que 1,6 mil pessoas já foram afetadas pelo maior surto da doença, com 887 mortos.
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Até hoje, apenas a epidemia de pólio e a gripe A foram alvo de uma declaração de emergência sanitária mundial. No ano passado, a OMS reuniu os especialistas em quatro ocasiões para avaliar a situação do coronavírus no Oriente Médio. Mas em nenhum momento chegou à conclusão de que seria uma emergência mundial.
Impacto na economia
Mesmo sem as medidas da OMS, o impacto já é real. Para a Guiné, país mais atingido, o ebola deve reduzir a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 3,5% em 2014. Isso se a doença for freada. O comércio entre os países da região despencou e, no campo, agricultores estão abandonando as regiões mais afetadas pelo vírus.