*Genebra
Diante da propagação da epidemia da febre hemorrágica ebola na África Ocidental, cuja magnitude foi subestimada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Cruz Vermelha e outras organizações não-governamentais insistiram na necessidade de uma mobilização maior para lutar contra o vírus.
A ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) advertiu, por sua vez, que a crise provocada pelo ebola ultrapassa a capacidade das organizações de ajuda de frear a epidemia.
A situação provocada pelo vírus "se deteriora, movendo-se mais rápido do que nossa capacidade de enfrentá-lo", declarou a diretora da MSF, Joanne Liu.
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A OMS afirmou, em um comunicado, que "os funcionários presentes nas zonas de epidemia recolheram provas de que o número de casos reportados e o de mortos subestimam amplamente a magnitude do fenômeno". "A epidemia do vírus ebola na África Ocidental continua se estendendo, com 1.975 casos (possíveis detectados) e 1.069 mortos em Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa", acrescentou. Diante desta situação, "a OMS coordena um aumento maciço da resposta internacional (diante da epidemia) com apoio individual de diversos países, agências de controle de doenças e agências das Nações Unidas".
A OMS afirmou que os centros americanos de controle e prevenção irão equipar os países afetados com computadores para poder ter uma visão em tempo real da evolução da doença. "A epidemia pode durar um certo tempo. O plano operacional de reação da OMS será realizado ao longo dos próximos meses", ressaltou a organização.
- Os cordões sanitários que limitam os movimentos da população nas zonas afetadas podem ter um impacto sobre a segurança alimentar. O comércio fica afetado, às vezes as pessoas não podem ter acesso a seus cultivos e os preços podem aumentar nos mercados - explicou Fabienne Pompey, porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU.
Descontrole
Entre 1940 e 2004, a Organização Mundial de Saúde registrou 154 novas viroses, das quais 60% são zoonoses.
