Entender as causas da violência para melhor enfrentá-la. Esse o objetivo do
Observatório de Segurança Cidadã, lançado pelo governo do Estado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
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Trata-se do primeiro do gênero no país, com participação de técnicos da Secretaria de Segurança Pública, da Secretaria Estadual da Saúde e de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que estarão em sintonia com especialistas de outros países para conhecer e discutir razões e soluções para combater a criminalidade.
- A Unesco funciona como catalizadora dessa iniciativa, que, neste modelo, é pioneira. Estamos muito felizes com essa parceria e queremos que a experiência sirva de exemplo para o país - afirma Marlova Jovchelovitch Noleto, representante-adjunta da Unesco e diretora da área Programática da entidade no Brasil.
O trabalho visa a mapear a violência no Estado, com ênfase para crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho escravo, violências contra grupos LGBT e crimes contra jovens negros. Também será estudada a violência contra policiais como o impacto psicológico na vida de servidores da Brigada Militar e da Polícia Civil.
Está previsto, ainda, pesquisas de vitimização para aferir com maior precisão dados sobre crimes, que por causa da subnotificação, não chegam ao conhecimento das autoridades. Os técnicos reunirão estatísticas e trabalhos já existentes com novas pesquisas e estudos para propor ações de prevenção.
- É preciso organizar os dados e produzir conhecimento. As causas da violência são múltiplas - enfatiza Marlova.
- Temos dados que indicam onde estão os problemas, mas é preciso aprofundar os estudos para enfrentar e poder diminuir a criminalidade - acrescenta o secretário da Segurança Pública, Airton Michels.
Os recursos para custeio do observatório são oriundo de um convênio entre o Estado e a Unesco. Os primeiros resultados das pesquisas devem ser conhecidos até o final do ano.
*Zero Hora