A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo que não houve sucateamento no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- Não sei quem inventou sucateamento do IBGE - disse.
Segundo ela, o seu governo contratou 834 servidores por concurso público e mais 7,3 mil funcionários temporários para o trabalho de pesquisador na rua. Tudo isso, segundo ela, enquanto houve uma queda nos gastos com o funcionalismo público em relação ao PIB.
Ela falou ainda que também houve aumento no orçamento do IBGE, embora tenha havido contingenciamento como em outros órgãos.
- A história do sucateamento há de ser provada - afirmou.
Dilma lembrou que o erro na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) foi detectado rapidamente, no mesmo dia de divulgação da pesquisa. A presidente foi avisada no dia seguinte.
- O IBGE tem seu mérito e reconheceu o erro - disse.
Dilma destacou que o governo criou duas comissões para apurar o caso: uma de especialistas independentes, que vai investigar se o padrão técnico da pesquisa foi cumprido, e outra comissão de sindicância, aberta no sábado, para apurar responsabilidades:
- O IBGE é um órgão responsável. Erro existe sempre que tem seres humanos envolvidos.
A presidente afirmou que é uma vantagem o conselho diretor do órgão ser formado por funcionários da casa.
- Não tem ingerência externa coisíssima nenhuma. Esperávamos que não houvesse erro. Ficamos surpreendidos como todo mundo - declarou.
Ela disse que a investigação está em fase inicial e que a comissão tem 30 dias para apurar as falhas.
- Iremos descobrir isso, sem a menor sombra de dúvida - afirmou.
A presidente disse que não puniu nenhum servidor do órgão porque espera a conclusão das investigações:
- Não julgo ninguém antes da provas.
Mas afirmou que se ficar caracterizada uma falta, "é óbvio" que a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, não poderá ficar no cargo.
- Mas tem que apurar a responsabilidade. Por isso governo não tomou nenhuma providência. Não vi problema de gestão no órgão - disse.
A presidente garantiu que o governo não escolheu a data da divulgação da PNAD.
- Conhecemos o número junto com vocês - disse.
Segundo ela, foi um erro banal. Por isso, não acredita em conspiração.
- E o que parece porque o erro é simples - afirmou.
