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Quando os policiais militares Martins e Mallet chegaram à casa dos Meregali, no bairro Americana, em Alvorada, pelas 23h30min de segunda-feira, Luísa estava sem ar, com a pequena boca já roxa.
Pouco antes, a bebê de apenas duas semanas de vida mamava tranquilamente quando se engasgou. Os pais ligaram para o 190 e, quando os brigadianos chegaram, não havia mais tempo para esperar pelo Samu: era preciso salvar Luísa.
- O pai da menina estava com ela de bruços, tentando desafogá-la. Mas ela estava com a pele bem escura, então decidimos nem esperar a ambulância - conta o soldado Martins.
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Colocaram Luísa na viatura e correram para o Hospital Municipal de Alvorada - Mallet ao volante, Martins no banco de trás, tentando reanimar a menina com massagem cardíaca (veja no fim da matéria como proceder nesses casos). O pai acompanhou a filha no carro, enquanto a mãe seguia a viatura em outro veículo. A caminho do hospital, Luísa começou a reagir.
- Fui fazendo a massagem e consegui notar que ela voltou a fazer esforço para respirar. Era uma respiração difícil, o peito roncava, mas ela tinha voltado a respirar - narra o policial.
Quando já estavam próximos ao hospital, encontraram a ambulância do Samu. Desceram da viatura e entregaram a menina para os especialistas. A equipe médica finalizou o atendimento, conseguindo desobstruir a via respiratória da pequena Luísa.
- Ver um bebê voltando a viver nos teus braços é uma sensação que nenhum outro tipo de ocorrência te permite. É indescritível o que senti ao ver ela chorando, reanimada - afirma um comovido Martins, que nunca havia atendido um caso parecido.
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Luísa é a primeira filha da assistente financeira Magda, 28 anos, e do assistente de marketing José Luís Meregali, 27 anos. Na manhã desta terça-feira, por volta das 7h30min, Magda conversava com Zero Hora por telefone e Luísa chorava ao fundo.
- Tá ouvindo? - perguntou Magda.
Ainda bastante emocionada, depois dos longos instantes de pânico vividos na noite passada, a mãe de primeira viagem tinha o tom de alívio na voz. E não conseguiu dizer nada além disso:
- Foi um susto horrível.
Soldado Martins realizou massagens cardíacas dentro da viaduta
Foto: Divulgação / Brigada Militar
Como agir em casos de insuficiência respiratória:
* Zero Hora
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