
Um ataque ao parlamento canadense, em Ottawa, capital do país, deixou um dos atiradores mortos, assim como um soldado que fazia a guarda do local. A polícia não confirma nenhum outro ferido e informa que ninguém foi preso até o momento. O prédio da Colina do Parlamento (Parliament Hill, em inglês), sede do poder legislativo do Canadá, foi fechado por medidas de seguranças.
A polícia segue a busca aos suspeitos e não divulga quantos seriam. As autoridades ampliaram o perímetro de varredura e realizam bloqueios nas estradas para evitar a fuga dos criminosos. Em função disso, a população foi alertada para "ficar longe do centro da cidade de Ottawa".
Atiradores de elite foram vistos nos telhados da capital canadense, especialmente no Museu de Belas Artes. As bases militares foram fechadas e os soldados foram obrigadas a permanecer reclusos sem uniforme, segundo a imprensa.
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As autoridades de segurança do Canadá e trabalhadores do parlamento relataram que mais de 20 tiros foram efetuados no interior do Memorial Nacional da Guerra, que fica dentro do Parliament Hill.
- Um homem entrou correndo no Parlamento. Ele foi perseguido por policiais armados com fuzis que gritavam para que todos se protegessem - contou Marc-André Viau, funcionário do legislativo.
De acordo com informações divulgadas pela polícia canadense em sua conta no Twitter, os parlamentares que estavam no local foram levados a salas seguras, com reforço de segurança. Alguns, inclusive, publicaram nas redes sociais para alertar que passavam bem.
Os relatos de que havia acontecido um tiroteio pouco antes no shopping Rideau Centre, que fica a um quarteirão do parlamento, foram desmentidos pela gerência do local. Contudo, as pessoas que estavam no shopping foram impedidas de sair por quase duas horas.
O ministro de Assuntos de Veteranos, Julian Fantino, que estava no local, confirmou a morte de um dos suspeitos e relatou nunca ter passado por uma situação como essa:
- Podíamos ouvir os tiros (...) Pela primeira vez em meus 40 anos de polícia e serviços públicos me sinto vulnerável - disse.
De acordo com a imprensa canadense, o primeiro-ministro Stephen Harper foi retirado do parlamento e passa bem.
Na última terça-feira, as autoridades já haviam aumentado o nível de alerta terrorista de baixo para médio, pela primeira vez desde 2010. Além disso, as forças aéreas do país e dos Estados Unidos foram colocadas em estado de alerta para "ser capazes de responder rapidamente" a qualquer incidente que possa ocorrer no espaço aéreo.
Um repórter do jornal canadense The Globe and Mail gravou o momento em que policiais trocaram tiros com os suspeitos, dentro do memorial. Assista ao vídeo:
Esse incidente acontece dois dias depois de um homem ser morto após atropelar dois soldados canadenses em um supermercado a 40 quilômetros ao sudeste de Montreal, segundo a polícia, que informou que o agressor tinha contatos com grupos extremistas.
O rapaz lançou seu carro contra os militares no estacionamento de um supermercado na cidade de Saint-Jean sur Richilieu, em Québec. Ele fugiu em seguida. Alguns quilômetros adiante, o agressor perdeu o controle do veículo e caiu em uma vala.
O incidente aconteceu antes do meio-dia (horário local). Uma testemunha contou que o motorista levava uma faca e ameaçou os policiais antes de sair do carro. Os agentes atiraram várias vezes no suspeito, que morreu.
O indivíduo, de 25 anos, tinha antecedentes e, segundo um boletim do Departamento de Inteligência do Canadá, estava em contato com grupos radicais.
Em um comunicado, a polícia relatou que o suspeito foi alvo de investigação das "autoridades federais, incluindo nossa equipe de Investigações de Segurança Nacional Integrada em Montreal".
* Zero Hora, com AFP