
Moradores de Canoas, na Região Metropolitana, sofrem desde segunda-feira com a falta de coleta de lixo na cidade. Em greve desde o início da semana, cerca de 80 garis da empresa Revita (terceirizada contratada pela prefeitura) reivindicam o dissídio de maio deste ano - que ainda não foi pago -, além da equiparação salarial com funcionários da empresa que trabalham em Novo Hamburgo.
Nas ruas, já começam a se acumular sacos de lixo depositados pelos moradores. De acordo com o secretário de Serviços Urbanos de Canoas, Flávio Padié, nove caminhões com funcionários emprestados por municípios como Porto Alegre, São Leopoldo e Novo Hamburgo devem recolher parte do lixo nesta quarta-feira. Padié informou que toda a cidade foi afetada e considera a reivindicação dos garis "infundada".
Conforme um dos funcionários, que preferiu não se identificar, o dissídio seria de 7,49% e resultaria em um acréscimo de cerca de R$ 100 na folha de pagamento. Além disso, eles reclamam que funcionários da Revita de Novo Hamburgo receberiam mais de R$ 1,9 mil, enquanto os de Canoas, cerca de R$ 1,3 mil.
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Na manhã desta quarta, representantes do SEEAC-RS, sindicato patronal, foram até a Revita para tentar uma nova negociação com os garis. Motoristas dos caminhões de lixo estariam preparados para voltar aos trabalhos, mas haveria ainda a resistência dos garis da empresa.
- Eles estão pedindo aumento de salários e outros itens que não têm homologação do sindicato. A empresa está contratando novos funcionários, porque se trata de um grupo de pessoas que se vale desse serviço essencial do município para reivindicar algo que não está de acordo com o sindicato - disse o secretário.
Zero Hora entrou em contato com o sindicato na manhã desta quarta-feira, mas não obteve resposta.
* Zero Hora