Se depender de três catarinenses, aquela fome insaciável que acaba se transformando em alguns quilos indesejados pode ter seus dias contados. Um dispositivo de cerca de 7 centímetros, criado pela start-up InPulse, promete inibir o apetite e combater a obesidade. Mesmo com o aparelho ainda em desenvolvimento, os criadores Jonatas Pavei, Gabriel Veloso Paim e Lucas Casagrande já conseguiram chamar a atenção de investidores estrangeiros e o dispositivo batizado de PNPulse foi parar em uma matéria na emissora norte-americana CNN.
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Desenvolvido desde 2010, o PNPulse é a terceira inovação da InPulse, empresa que tem os três ex-alunos de Engenharia de Controle de Automação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como sócios. Após o estudo, incluindo apresentação em congressos de biomedicina, o aparelho deve entrar em fase de testes em animais a partir de janeiro.
- Nos reunimos com profissionais da área médica e mapeamos alguns assuntos até começarmos a trabalhar esse aparelho. Ele funciona para ajudar que a pessoa sacie a fome de maneira mais rápida toda vez que ela começar a ingerir algum alimento. É um tipo de marca-passo para o estômago - diz Pavei, que é sócio e diretor comercial da pequena empresa.
A facilidade de implantação é a principal vantagem do dispositivo que atraiu a atenção de investidores em uma grande feira do setor biomédico no Vale do Silício, na Califórnia, em 2013.
- Os resultados para a perda de peso devem ser idênticos a uma cirurgia bariátrica. A diferença é que esse procedimento é mais barato, custaria cerca de R$ 15 mil, e menos invasivo. O aparelho é colocado com uma operação subcutânea (embaixo da pele) - diz Pavei.
Em janeiro do próximo ano, um protótipo do marca-passo gástrico começará a ser testado em porcos. Se tudo correr bem, a expectativa da empresa é que a fase de testes em pessoas comece em 2016.
Criada em 2010, a InPulse, de Florianópolis, desenvolve soluções para engenharia biomédica por meio de sistemas, softwares de interface e aplicações na internet. A empresa já esteve incubada e atualmente possui uma parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da UFSC.