
O Presídio Central vai sair do mapa de Porto Alegre, mas uma nova cadeia ocupará o mesmo terreno. Os prédios mais novos do Central serão mantidos, e a capacidade cairá de 2 mil para 1,5 mil detentos. Nesta quinta-feira, o Central mantinha seu histórico excesso de população carcerária, com 3.994 presos, conforme a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
Justiça pode barrar entrada de detentos no Presídio Central
Presídio Central de Porto Alegre é recauchutado um ano antes da prometida desativação
Juiz questiona começo da desativação do Presídio Central pelo seu melhor pavilhão
A ideia é manter os pavilhões G, H, I e J, cuja construção ocorreu nos anos mais recentes. Todos foram entregues em 2008, mas o pavilhão J teve parte de sua estrutura destruída em um motim, no mesmo ano. Acabou reinaugurado em 2011 - os prédios originais do Central datam de 1959.
Segundo o cronograma planejado pela Susepe, os pavilhões C e D serão os primeiros a serem demolidos - o C deve tombar ainda neste mês. Depois das demolições, serão mantidos 500 detentos até que o presídio de Guaíba seja inaugurado.
- Quando inaugurarmos em Guaíba, a tendência é tirar esses 500 presos, esvaziar o Central e desmanchar todos os prédios que são inadequados - afirma o superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben.
Quando se completar a transferência dos presos, será erguida uma nova ala, para 800 apenados. A cozinha, reinaugurada em 2012, ao custo de uma reforma de R$ 1,2 milhão, será mantida. O objetivo é que o novo presídio abrigue somente presos provisórios, missão que era do Central e acabou desvirtuada.