Uma unidade de pronto-atendimento de Foz do Iguaçu, no Paraná, foi fechada na manhã desta quinta-feira por suspeita de que um paciente esteja infectado pelo vírus ebola.
O homem, que estava há 23 dias na cidade, voltou de Serra Leoa, um dos países da África mais afetados pela doença. Ele estava com sintomas da doença e foi até o posto de saúde local às 9h, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde. A assessoria disse que todos os protocolos internacionais de segurança foram seguidos e que o Ministério da Saúde foi acionado.
É o segundo caso de suspeita de ebola em menos de uma semana no Paraná. O primeiro caso foi de um homem internado em Cascavel vindo de Guiné. O caso foi comunicado pelo governo do Paraná ao Ministério da Saúde. Os exames, contudo, descartaram a infecção.
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O mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8.011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3.857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Nigéria, Senegal e Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos, foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e 8 mortes.
Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos. A infecção ocorre através do contato com sangue, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos. Ao contrário de outras doenças, no entanto, a transmissão ocorre quando o paciente já apresenta os sintomas da infecção. Os principais são febre, fraqueza, dores abdominais, vômito e hemorragias. Não há remédio específico para o ebola.