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Uma tempestade de neve matou 17 alpinistas e um número não confirmado de guias de montanha no Himalaia, a mais alta cadeia montanhosa do planeta, no sul da Ásia.
As autoridades continuam sem notícias de mais de 100 turistas que visitavam a região de Annapurna quando foram surpreendidos pela nevasca.
Milhares de alpinistas vão à região todos os anos no mês de outubro, quando as condições para excursões são consideradas boas. Entretanto, nesta semana foram registradas tempestades de neve fora do comum após a passagem do tufão Hudhud, que afetou a costa leste da vizinha Índia no fim de semana.
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Quando as condições meteorológicas melhoraram nos distritos de Mustang e Manang, as equipes de resgate conseguiram encontrar 22 alpinistas. Contudo, de acordo com a polícia, 168 turistas estrangeiros estavam registrados esta semana para completar o famoso circuito da montanha Annapurna, no distrito de Mustang.
- Caiu muita neve na região, até 91 centímetros. Encontramos 12 corpos em Mustang, incluindo quatro estrangeiros, dois de Israel, um da Polônia e outro do Vietnã - disse o policial Ganesh Rai.
Baburam Bhandarim, funcionário do governo do Nepal, contou que foi feita uma busca de helicóptero que permitiu localizar os corpos de cinco pessoas, quatro canadenses e um indiano, mortos no deslizamento.
- A área de cobertura não é muito boa e não conseguimos entrar em contato com o resto dos desaparecidos, mas esperamos encontrá-los ainda nesta quarta-feira - afirmou.
No distrito de Gorkha, que sofreu com fortes chuvas nas últimas horas, um montanhista francês de 67 anos desapareceu ao cair no rio Budhi Gandaki. O europeu integrava um grupo de 10 pessoas que transitavam pelo circuito de Manaslu, que foi criado recentemente como uma possibilidade alternativa, já que o circuito do Annapurna está saturado.
O Nepal, um país pobre do Himalaia, tem oito das 14 maiores montanhas do mundo, com mais de 8 mil metros.
Em abril, um deslizamento no Monte Everest - a montanha mais alta do mundo - provocou a morte de 16 guias nepaleses.
O acidente deixou em evidência os enormes riscos no trabalho desses profissionais, que transportam barracas, alimentos, consertam escadas e fixam as cordas para ajudar os alpinistas estrangeiros que pagam dezenas de milhares de dólares para chegar ao topo.
Em 1995, uma enorme avalanche no acampamento de um grupo nipônico, perto do Everest, matou 42 pessoas, incluindo 13 japoneses.
Mais de 300 pessoas, em sua maioria nepaleses, morreram na maior montanha do planeta desde a primeira escalada ao Everest, em 1953, realizada por Edmund Hillary e Tenzing Norgay.
* AFP