Jaqueline Sordi
As águas que um dia serviram ao desenvolvimento de Porto Alegre hoje são destino daquilo que não serve mais. Tão cheio de vida no século 19, quando era beirado por várzeas e casas, o Dilúvio foi, pouco a pouco, tornando-se um espelho dos males de uma cidade. A reforma de seu curso original, iniciada nos anos 1940, salvou das enchentes a Capital, mas condenou o arroio à poluição, ao descaso, ao desprezo. Não falta quem cuide do Dilúvio nos dias de hoje. Mas sua gestão é tão compartimentada que se torna incompleta, ineficaz. Emissões irregulares de esgotos, assentamentos nas nascentes e acúmulo de lixo são problemas transferidos de órgão para órgão.
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