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Lubrificado na reunião entre Petrobras e governo federal na terça-feira passada, o reajuste dos combustíveis foi anunciado no início da noite desta quinta-feira pela petroleira: 3% para gasolina e 5% para diesel. A companhia havia pedido um reajuste de 5% para ambos. Os novos preços são válidos a partir desta sexta-feira nas refinarias.
Com a elevação, o valor médio cobrado pelo litro de gasolina em Porto Alegre, que segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP) era de R$ 2,861 no final de outubro, ficaria em R$ 2,947, pelo menos. Como os postos são livres para determinar seus preços, é possível que a alta seja maior, principalmente logo após a entrada em vigor da nova tabela.
Geralmente, o preço nas bombas sobe mais do que na Petrobras nas primeiras semanas. Foi o que ocorreu no reajuste anterior, em novembro do ano passado. A petroleira realizou aumento de 4%, mas o preço ao consumidor subiu 5,11% na Capital, conforme a pesquisa da ANP. O valor foi caindo nos meses seguintes, e agora estava 3% acima do que era há um ano.
- Alguns postos aumentam imediatamente a gasolina para preparar o caixa para novas encomendas. Com o passar do tempo, a concorrência se encarrega de fazer os preços baixarem - explica Adão Oliveira, presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes no Estado.
Como gasolina é um produto difícil de substituir, especialistas em finanças pessoais dizem que reajustes podem ser a oportunidade para o motorista repensar a utilização do carro.
- O gasto com gasolina pode chegar a R$ 3,6 mil por ano em uma família de classe média, sem contar gasto com manutenção, parcela de financiamento e seguro do carro. Será que não compensa andar de táxi e investir a diferença? - provoca Wilson Marchionatti, especialista em finanças pessoais e professor da PUCRS.
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*ZERO HORA com agências